Praia de Albandeira
O pequeno leixão da Fresganheira que existia na praia de Albandeira há cerca de vinte anos desmoronou completamente, actualmente ainda se encontram os vestígios, cerca de 2metros abaixo do nível da água do mar.
Monday, April 23, 2007
Monday, April 16, 2007
Erosão submarina do bedrock
A erosão nas costas rochosas não se processa só na base das arribas, mas também ao longo do fundo marinho que se desenvolve a partir da base da arriba. Neste domínio a informação existente é muito menos abundante do que a que respeita à erosão na base das arribas. Esse facto fica a dever-se à dificuldade de avaliação devida à lentidão do processo e ao facto destas plataformas estarem total ou parcialmente submersas.
A força de ataque das ondas aumenta quando existem sedimentos mobilizáveis em contacto com a plataforma. Quando a cobertura se torna demasiado espessa essa força deixa, como é óbvio, de exercer-se. A resistência da rocha é um factor da maior importância, que depende tanto da respectiva composição como das descontinuidades que a afectam.
Tipo de plataforma:
Factores de erosão
· tipo de rocha e respectiva estrutura,
· condições de meteorização o e clima,
· marés,
· exposição à ondulação,
· herança de pequenas variações do nível do mar
Na área que estudámos, os entalhes aparecem frequentemente ligados à existência de fracturas que são aproveitadas pela erosão marinha. Muitas vezes essas fracturas são oblíquas em relação à linha de costa e forma-se uma espécie de corredor de erosão, ao longo do qual se desenvolve um entalhe contínuo cuja cota vai subindo desde o limite exterior, do lado do mar, até ao limite interior, acompanhando a cota da plataforma de erosão marinha que se desenvolve na sua base.
A força de ataque das ondas aumenta quando existem sedimentos mobilizáveis em contacto com a plataforma. Quando a cobertura se torna demasiado espessa essa força deixa, como é óbvio, de exercer-se. A resistência da rocha é um factor da maior importância, que depende tanto da respectiva composição como das descontinuidades que a afectam.
Tipo de plataforma:
Factores de erosão
· tipo de rocha e respectiva estrutura,
· condições de meteorização o e clima,
· marés,
· exposição à ondulação,
· herança de pequenas variações do nível do mar
Na área que estudámos, os entalhes aparecem frequentemente ligados à existência de fracturas que são aproveitadas pela erosão marinha. Muitas vezes essas fracturas são oblíquas em relação à linha de costa e forma-se uma espécie de corredor de erosão, ao longo do qual se desenvolve um entalhe contínuo cuja cota vai subindo desde o limite exterior, do lado do mar, até ao limite interior, acompanhando a cota da plataforma de erosão marinha que se desenvolve na sua base.
Processos de erosão nas arribas
Quando as ondas escavam a base da arriba esta torna-se instável devido ao aumento de declive e à instabilidade provocada pelo sub-escavamento. Essa instabilidade induz movimentos de massa de diversos tipos (queda de blocos, deslizamentos e fluxos de detritos). A forma e a intensidade desses movimentos depende muito do tipo de rocha e da respectiva estrutura, bem como do clima que pode facilitar ou não certos tipos de meteorização (química nos climas tropicais, mecânica nos climas frios e áridos).
Os movimentos de massa espalham detritos na base da arriba, o que significa que a erosão não pode continuar enquanto eles não tiverem sido transformados em materiais transportáveis pelas ondas e correntes litorais.
Quando as ondas batem na face da arriba, há uma força compressiva que actua perpendicularmente à arriba. Se a arriba tem fracturas, o ar situado nos interstícios é violentamente comprimido. Quando a onda recua, dá-se um processo de descompressão. Desta forma os interstícios da rocha são alargados e a rocha vai-se fragmentando por um processo de arranque. A Descompressão que ocorre no refluxo da onda ajuda ainda a transportar os materiais desagregados.
As ondas, armadas com os detritos arrancados à arriba vêem a sua força aumentada. Deste modo, os choques destes materiais com as rochas vão contribuir para o arranque de partículas de diversos tamanhos. Este processo acaba por produzir um polimento característico na superfície das rochas.
A força de ataque da onda ocorre quase instantaneamente , mas, ao contrário de forças actuantes noutros ambientes, sofre mudanças cíclicas de acordo com a amplitude das marés.
É difícil quantificar os resultados da acção das ondas sobre rochas com descontinuidades (devidas à estratificação, xistosidade ou tectónica) e ainda menos determinar de forma quantitativa a importância do tipo e grau de meteorização das rochas na definição da velocidade de recuo das arribas. É de esperar, todavia, que um ataque cíclico, como aquele a que são submetidas as rochas no ambiente costeiro, intensifique a fadiga das rochas e diminua a sua resistência.
O uso de modelos de laboratório esbarra com algumas dificuldades. Não é fácil criar um produto que, em ambiente de laboratório, tenha um comportamento semelhante ao das rochas num ambiente natural. Todavia, o uso de areia cimentada tem dado bons resultados. Mais difícil ainda é modelizar as descontinuidades existentes nas rochas. Mesmo em plataformas de erosão marinha cobertas normalmente por praias, se uma tempestade arrastar as areias, as ondas podem atingir a arriba que se torna temporariamente activa e pode sofrer um recuo apreciável, desde que seja constituída por rocha pouco resistente.
Os movimentos de massa espalham detritos na base da arriba, o que significa que a erosão não pode continuar enquanto eles não tiverem sido transformados em materiais transportáveis pelas ondas e correntes litorais.
Quando as ondas batem na face da arriba, há uma força compressiva que actua perpendicularmente à arriba. Se a arriba tem fracturas, o ar situado nos interstícios é violentamente comprimido. Quando a onda recua, dá-se um processo de descompressão. Desta forma os interstícios da rocha são alargados e a rocha vai-se fragmentando por um processo de arranque. A Descompressão que ocorre no refluxo da onda ajuda ainda a transportar os materiais desagregados.
As ondas, armadas com os detritos arrancados à arriba vêem a sua força aumentada. Deste modo, os choques destes materiais com as rochas vão contribuir para o arranque de partículas de diversos tamanhos. Este processo acaba por produzir um polimento característico na superfície das rochas.
A força de ataque da onda ocorre quase instantaneamente , mas, ao contrário de forças actuantes noutros ambientes, sofre mudanças cíclicas de acordo com a amplitude das marés.
É difícil quantificar os resultados da acção das ondas sobre rochas com descontinuidades (devidas à estratificação, xistosidade ou tectónica) e ainda menos determinar de forma quantitativa a importância do tipo e grau de meteorização das rochas na definição da velocidade de recuo das arribas. É de esperar, todavia, que um ataque cíclico, como aquele a que são submetidas as rochas no ambiente costeiro, intensifique a fadiga das rochas e diminua a sua resistência.
O uso de modelos de laboratório esbarra com algumas dificuldades. Não é fácil criar um produto que, em ambiente de laboratório, tenha um comportamento semelhante ao das rochas num ambiente natural. Todavia, o uso de areia cimentada tem dado bons resultados. Mais difícil ainda é modelizar as descontinuidades existentes nas rochas. Mesmo em plataformas de erosão marinha cobertas normalmente por praias, se uma tempestade arrastar as areias, as ondas podem atingir a arriba que se torna temporariamente activa e pode sofrer um recuo apreciável, desde que seja constituída por rocha pouco resistente.
A resistência das rochas: alguns apontamentos sobre a meteorização em ambiente litoral
Para além da resistência mecânica dos minerais componentes e da susceptibilidade à alteração química (dependentes, essencialmente da composição das rochas), a existência de fracturas e descontinuidades de diversos tipos tem um papel primordial na definição da capacidade que uma determinada rocha tem de resistir às pressões mecânicas do tipo daquelas a que estão sujeitas as rochas batidas pelas ondas.
Um outro factor é a “fadiga” que as rochas adquirem justamente devido a compressões cíclicas do tipo das que ocorrem com o quebrar das ondas. Essa fadiga induz uma microfracturação que diminui a resistência da rocha, cujas depressões e reentrâncias poderão vir a ser alargadas e depois exploradas por acção das ondas, de molde a facultar o arranque de pedaços de rocha
Um outro factor é a “fadiga” que as rochas adquirem justamente devido a compressões cíclicas do tipo das que ocorrem com o quebrar das ondas. Essa fadiga induz uma microfracturação que diminui a resistência da rocha, cujas depressões e reentrâncias poderão vir a ser alargadas e depois exploradas por acção das ondas, de molde a facultar o arranque de pedaços de rocha
Tipos de ondas na base das arribas e a sua dinâmica
Há 3 tipos de ondas que podem ocorrer na base de uma arriba quando a onda incide paralelamente à linha de costa: ondas estacionárias, ondas a quebrar e ondas já quebradas.
A respectiva ocorrência depende da relação entre a profundidade na base da arriba e a profundidade a que as ondas quebram. Se a profundidade na base da arriba for superior à profundidade a que um tipo específico de onda pode quebrar, formam-se ondas estacionárias.
Se a profundidade for idêntica a esse valor, a onda rebenta sobre a arriba. Se a profundidade for inferior, a onda rebenta mais para o largo e já chega rebentada à base da arriba.
Uma vez que o declive da onda é muito condicionado pelo atrito com o fundo, a ocorrência de cada uma destas hipóteses depende basicamente do declive deste e das características da ondulação. Isto significa que, num sector costeiro determinado, quando as ondas são de pequena altura podem originar ondas estacionárias. A variação da pressão que estas exercem com o tempo é relativamente pequena, mas pode ir-se acentuando à medida que a onda se torna mais alta, tornando-se cada vez mais dissimétrica até que o rebentar da onda origina um grande pico de pressão, praticamente instantâneo. Se tiverem mais do que essa altura crítica, as ondas chegam à base da arriba já quebradas e, embora a sua passagem corresponda a um aumento grande de pressão estamos muito longe do pico que acontece no caso anterior.
O problema da pressão dinâmica sobre as arribas produzida pelo quebrar das ondas é analisado: verifica-se que não há acordo entre os diferentes investigadores e que, provavelmente, o máximo de pressão deverá situar-se ao nível da água parada ou um pouco acima desse nível.
A respectiva ocorrência depende da relação entre a profundidade na base da arriba e a profundidade a que as ondas quebram. Se a profundidade na base da arriba for superior à profundidade a que um tipo específico de onda pode quebrar, formam-se ondas estacionárias.
Se a profundidade for idêntica a esse valor, a onda rebenta sobre a arriba. Se a profundidade for inferior, a onda rebenta mais para o largo e já chega rebentada à base da arriba.
Uma vez que o declive da onda é muito condicionado pelo atrito com o fundo, a ocorrência de cada uma destas hipóteses depende basicamente do declive deste e das características da ondulação. Isto significa que, num sector costeiro determinado, quando as ondas são de pequena altura podem originar ondas estacionárias. A variação da pressão que estas exercem com o tempo é relativamente pequena, mas pode ir-se acentuando à medida que a onda se torna mais alta, tornando-se cada vez mais dissimétrica até que o rebentar da onda origina um grande pico de pressão, praticamente instantâneo. Se tiverem mais do que essa altura crítica, as ondas chegam à base da arriba já quebradas e, embora a sua passagem corresponda a um aumento grande de pressão estamos muito longe do pico que acontece no caso anterior.
O problema da pressão dinâmica sobre as arribas produzida pelo quebrar das ondas é analisado: verifica-se que não há acordo entre os diferentes investigadores e que, provavelmente, o máximo de pressão deverá situar-se ao nível da água parada ou um pouco acima desse nível.
Teoria
Introdução: definição de costas rochosas
Ao contrário da vasta bibliografia existente para os litorais arenosos, a bibliografia para os litorais rochosos é relativamente escassa e baseia-se muito nos textos de Sunamura e também nos de Trenhaile. Isto acontece, a nosso ver, porque, num meio tão dinâmico como é a interface entre o mar e o continente, uma evolução rápida e espectacular parece ser mais atractiva do que uma evolução relativamente lenta, e onde os métodos de investigação têm que ser obrigatoriamente adequados a essa relativa lentidão de processos.
Factores a considerar na evolução das costas rochosas
Os factores a considerar na evolução das costas rochosas são, basicamente, a energia das ondas e o tipo de rocha. Porém, a energia da ondulação depende da quantidade de sedimentos que se sobrepõem ao substrato rochoso. Essa quantidade depende do balanço sedimentar de cada troço costeiro que depende, por sua vez:
· Do fornecimento de sedimentos de e para a plataforma continental;
· Da deriva litoral;
· Dos sedimentos trazidos pelos rios;
· Dos materiais resultantes da erosão das arribas.
Os sedimentos existentes sobre o substrato rochoso, por um lado contribuem para o seu desgaste, funcionando como abrasivos, mas, por outro, podem protegê-lo da acção das ondas. Porém quando a cobertura sedimentar é suficientemente espessa para impedir que a acção das ondas actue sobre o bedrock, estamos já na presença de uma praia.
Ao contrário da vasta bibliografia existente para os litorais arenosos, a bibliografia para os litorais rochosos é relativamente escassa e baseia-se muito nos textos de Sunamura e também nos de Trenhaile. Isto acontece, a nosso ver, porque, num meio tão dinâmico como é a interface entre o mar e o continente, uma evolução rápida e espectacular parece ser mais atractiva do que uma evolução relativamente lenta, e onde os métodos de investigação têm que ser obrigatoriamente adequados a essa relativa lentidão de processos.
Factores a considerar na evolução das costas rochosas
Os factores a considerar na evolução das costas rochosas são, basicamente, a energia das ondas e o tipo de rocha. Porém, a energia da ondulação depende da quantidade de sedimentos que se sobrepõem ao substrato rochoso. Essa quantidade depende do balanço sedimentar de cada troço costeiro que depende, por sua vez:
· Do fornecimento de sedimentos de e para a plataforma continental;
· Da deriva litoral;
· Dos sedimentos trazidos pelos rios;
· Dos materiais resultantes da erosão das arribas.
Os sedimentos existentes sobre o substrato rochoso, por um lado contribuem para o seu desgaste, funcionando como abrasivos, mas, por outro, podem protegê-lo da acção das ondas. Porém quando a cobertura sedimentar é suficientemente espessa para impedir que a acção das ondas actue sobre o bedrock, estamos já na presença de uma praia.
Concelho de Lagoa

Situado no coração do Barlavento algarvio, compreendido entre os concelhos de Portimão e Silves, o concelho de Lagoa ocupa, hoje em dia, uma área de 89 Km2, na qual se inscrevem 6 freguesias, cinco vilas e uma cidade, onde vivem segundo os censos de 2001, cerca de 20 600 cidadãos.
Concelho de contrastes e de grande diversidade paisagística, cuja área territorial em que se inscreve abrange uma ligeira parcela barrocal e uma faixa litoral com cerca de 17 km.
O grande desenvolvimento do Concelho tem assentado numa estratégia de grande preocupação ambiental. Lagoa tem resistido à invasão do desordenamento, preservando a sua linha de costa e mantendo uma harmoniosa conjugação entre habitações antigas e modernas. Construção equilibrada, sem impacto ambiental, onde os edifícios de muitos pisos não têm lugar
Subscribe to:
Posts (Atom)